E desde o início desse grito no travesseiro eu penso: chega de falar da coisa. Vamos mudar de assunto.
Mas aí eu vejo que não dá certo, tudo vira coisa camuflada, a coisa se esconde dentro da coisa. Mesma coisa de qualquer jeito. E daí minha vontade é me calar pra sempre. Mas o silêncio é coisa disfarçada de transparente: ela está ali, escutando. E então eu brinco de fugir.
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"não, não digas nada, supor o que dirá a sua boca velada é ouvi-lo já. É ouvi-lo melhor do que dirias, o que és não vem a flor das frases e dos dias. És melhor do que tu, não digas nada, sê!"
ResponderExcluiràs vezes, assombrar-se com a ignorância alheia é apenas um modo de não nos esquecermos de nossa própria ignorância.
Assombremo-nos todos, pois.
;)