quinta-feira

A bexiga que sumiu sem deixar rastros



Tranquila. Nunca se preocupou com nada. Abria seus braços e se entragava ao movimento do vento, aquele sorriso de frio na barriga que a gente tem na montanha russa.

Um dia estava no Japão, outro na Noruega, outro no Paraguai e várias vezes nem sabia onde estava. Estava onde devia estar, porque tinha se deixado ir. Bexiguinha danada. Bexiguinha livre. Bexiguinha feliz.

Não olhava para os dois lados antes de atravessar o céu. Sua vida era aventura e o que quer que lhe acontecesse, era para ter lhe acontecido. E pronto.

De tão doidinha que estava um dia não viu que algo se aproximava. Puf! De repente tinha sumido, desinflado, morrido! Não podia mais seguir o vento, não podia mais cantar com as nuvens, não fazia mais parte desse mundo.

Estava tão feliz mas tão distraída que foi estourada e morreu sem saber.

ficou tão desnorteada depois que nem soube recolar os cacos.

Um comentário:

  1. Mor, que...
    que...
    nao tenho palavras...
    eu estava sendo a própria bexiguinha por um momento...e vc a matou!coooomooo vc pôde fazer isso comigooo???uahuhuahua
    Pensei diversas vezes escreve sobre o qe acontecem com elas quando a soltamos...mas nunca consegui...foi um sonho!
    te amo!
    Ju

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